Rio -  Lançado em 2010, o filme ‘De pernas pro ar’, que terá sua continuação em breve nos cinemas, foi visto por 3,6 milhões de espectadores e, segundo Paula Aguiar, presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico, contribuiu para o incremento de vendas de produtos eróticos. “O ano passado foi excelente para o segmento, que chegou a movimentar R$ 1 bilhão com a venda de 72 milhões de itens, de uma lista de 12 mil produtos. Agora, com o lançamento da continuação do filme, acreditamos que o setor volte a se expandir”, afirma a executiva.

O aquecimento do mercado brasileiro se deve em parte à multiplicação do número de consultoras que promovem a venda de porta em porta e a comercialização de produtos viainternet. Em dois anos, o número de vendedoras de itens eróticos por catálogo saltou de dois mil para 85 mil. O setor emprega cerca de 125 mil trabalhadores no país, direta e indiretamente.

Pontos de venda

De acordo com a presidente da Abeme, a importação respondeu por 45% dos 12 mil itens, que circulam nos 10 mil pontos de venda. O produto brasileiro tem apresentado crescimento significativo nas vendas ano após ano e em 2011 superou o comércio de importados. O potencial fabril de mais de 50 empresas nacionais tem sua especialização em próteses com e sem vibradores, acessórios, vestuários sensuais e muitos produtos cosméticos.

Os itens de alta tecnologia não são fabricados no Brasil e seu consumo é ainda restrito às classes A e B. Podem ser facilmente encontrados em butiques sensuais e lounges sexys (espaços com artigos sensuais e eróticos em lojas de lingerie, perfumes ou presentes). Com a inclusão digital e a popularização da internet, nasceram muitas sex shops virtuais, 500 delas estão ativas e razoavelmente competitivas. O Estado do Rio é o segundo mercado consumidor, atrás de São Paulo.


Érica Rambalde, que inspirou personagem, posa ao lado do coelho — destaque do filme ‘De pernas pro ar’ | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia